Gaúcho por nascimento e paranaense por opção, João Juscelino Hammel, de Boa Ventura de São Roque (Centro-Sul do Paraná), tem sua história fundamentada no cooperativismo. Dos 43 anos da Coamo, comemorado neste mês, o cooperado esteve presente em 35. A evolução nesse período com as tecnologias e práticas adotadas proporcionaram constantes melhorias na qualidade de vida da família.
Natural de Colorado (RS), com 21 anos de idade ‘seo’ João iniciou a trajetória pelo Paraná, se instalando em Mangueirinha (Sudoeste do Paraná), onde plantava uma área de 100 alqueires em sociedade com um irmão. Em 1978, quando a Coamo iniciou as atividades em Mangueirinha, ‘seo’ João, já adepto do cooperativismo se associou à cooperativa. Naquele mesmo ano, retornou para o Rio Grande do Sul e se casou com dona Neusa, retornando ao Paraná, já casado. “A relação mais antiga só é com a minha mulher mesmo, que começou antes. São duas relações que deram muito certo.”
Em sua trajetória, o cooperado passou outros municípios paranaenses, entre eles Pinhão em 1992, junto com sua família, se instalou em Turvo, local onde reside até hoje, com uma área total de 124 alqueires, permanecendo com 46 alqueires em Pinhão. Atualmente, o cooperado possui uma área de 51 alqueires de plantio e 60 alqueires de pastagem perene, diversificando a propriedade com a pecuária, onde mantém 70 vacas de leite e 310 bovinos de corte. “A pecuária é necessária porque na região as terras são bem ‘dobradas’ o que possibilita plantar em toda a área. Por outro lado, temos na pecuária uma diversificação e, assim, uma atividade auxília a outra.”
Assim como a Coamo influenciou no desenvolvimento da agricultura nas regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná, o cooperado foi buscando informações e tecnologias que melhoraram as produtividades. Ele recorda que nas primeiras reuniões realizadas na Coamo em Mangueirinha, os agrônomos incentivavam os associados a investir para alcançar 70 sacas de soja por alqueire. “Na época, se colhiam de 55 a 60 sacas de soja. Eram áreas novas e sem correção nenhuma. De lá para cá, houve uma evolução muito grande e ninguém mais colhe menos do que 130 sacas de média”, pondera.
De acordo com ele, o cooperativismo praticado pela Coamo tem ajudado no desenvolvimento da região. “A Coamo conta com profissionais habilitados que nos ajudam a adquirir os insumos, a cuidar das lavouras e recebe toda a produção. É uma cooperativa que traz segurança e confiabilidade para nós associados. Sinto-me seguro em deixar a produção depositada porque sei que na hora que precisar vou comercializar e terei o dinheiro no bolso, assim como os insumos são entregues na hora que precisar para o plantio”, diz.
‘Seo’ João e dona Neusa têm quatro filhos: Marcio que também é cooperado, reside em Turvo onde planta 15 alqueires e 50 alqueires em Pinhão; as professoras Cristiane e Daniela e Juliana, casada com Otto Roberto Rickli, também cooperado da Coamo.
O engenheiro agrônomo Cristiano Fabbris, do Detec da Coamo em Boa Ventura de São Roque, diz que a trajetória do cooperado foi marcada pela iniciativa de buscar o crescimento no setor agrícola. Neste caminho ele acreditou no cooperativismo como uma segurança a mais para o trabalho. “O ‘seo’ João é um agricultor tecnificado da porteira para dentro, e também preocupado com as informações da porteira para fora, o que ajuda na comercialização de seus produtos.”