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Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 427 | Julho de 2013 | Campo Mourão - Paraná

Inverno

Brachiária no sistema

Forrageira incorporada solteira ou em consórcio com o milho melhora resultados e o sistema de produção no MS

No solo arenoso predominante em boa parte da região de Amambaí, no Sul do Mato Grosso do Sul, a brachiária se tornou uma grande aliada dos produtores. Cultivada solteira ou consorciada com o milho, ela é hoje uma das principais opções para a formação de palha ao sistema de plantio direto

A forrageira resiste bem às condições de clima e solo da região e se encaixou perfeitamente ao microclima das propriedades, como na do cooperado Carlos Valdecir Zanin, que adotou o sistema há cerca de cinco anos e só tem elogios. “É um sistema muito bom e ajuda inclusive a conter a incidência de ervas daninhas como a buva e o amargoso, que tem trazido muitos problemas para a agricultura”, explica Zanin, que no inverno utiliza a forrageira tanto solteira como consorciada com o milho safrinha.

Segundo o cooperado, desde que iniciou o manejo houve um acréscimo de produtividade na soja em pelo menos 10% e uma melhora do sistema produtivo. “Nas áreas de brachiária solteira esse rendimento é maior porque a palhada fica mais densa e protege mais o solo. No caso de veranico a soja acaba resistindo mais e produzindo mais”, esclarece Zanin, que cultiva cerca de 1.200 alqueires e com todas essas vantagens não pensou duas vezes e vem dividindo a área com 45% de milho safrinha, sendo 45% consorciado com a brachiária. O restante é coberto com 30% de brachiária e 25% com aveia.

Conforme o agrônomo Fábio Alves, no caso da brachiária consorciada com o milho o importante é não errar no manejo. “Quando trabalhamos esse consórcio precisamos pensar na população das plantas de brachiária, que não pode ser muito alta para não fazer supressão no cereal. Em algumas situações ainda podemos fazer a aplicação de um graminicida, em uma dose menor, para fazer uma supressão da forrageira e deixar o milho se desenvolver e ela vir depois quando o milho já estiver mais avançado”, alerta o agrônomo, reforçando que os produtores que já utilizam a tecnologia estão conseguindo ainda diminuir os custos de dessecação de plantas invasoras, que acabam sendo suprimidas pela brachiária, mantendo o melhor equilíbrio do solo.

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